sexta-feira, 1 de abril de 2011

Não quero ter a terrível limitação de só me prender a tal (e tão famigerada) felicidade e conseguir sentir o cheiro do sol e o toque do vento, quando eu somente estiver ligado, à carne-poesia, de um outro corpo em chamas.; e que, esse tal corpo concentre em seu âmago, prazeres e defeitos noturnos - "troços de loucos" - esquisitos e acolhedores; que o seu abraço comporte, inefavelmente, o meu corpo magro e defeituoso. Não quero ser aquele que depende dos outros pra se bastar, mas acontece que quando caí a noite e corpos estão grudados em mim, sinto a amabilidade do mundo das coisas do sentir e então, vivo como se cada segundo de minhas horas fossem repletos de gozos duplicados, sejam eles sentidos na cabeça de cima ou na de baixo.


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